sábado, 30 de maio de 2009


Ao longo dos últimos anos sentia que muita pouca gente se comunicava de verdade no espaço geográfico das grande metrópolis. Um rancho de abelhas enfunadas nas suas colméias sentimentais. Nos seus celulares. Nos cubículos das suas próprias essências e existências. Ao longo dos meus 8 últimos anos, período em que gastei quase totalidade deles na minha promissa esquecida de me tornar médico em alguma eternidade minuscula do meu organismo jurada em algum dia de toda carga da minha essencia. Sentia mais e mais os diálogos pobres ao longo dos dias, uma ameaça a minha força que prosperava enquanto adolscente que tudo poderia se expandir e contraria a ordem dos mais adultos. nunca acreditei em adultos. Estava cansado nestes últimos anos. Tinha feito coisas desafiadoras dentro do meu ambito de repercussão interna. Minha coluna me chamava a existir. Não queria morrer com uma vida comum. Não queria continuar tendo planos ambiociosos novos aos 50. Minha voz e garganta precisando se acalmar. Em parte a tentativa da banda que me levaram 4 anos invisiveis aos outros olhos. Dividia as visitas dos pacientes em enfermaria com s ensaios sagrados na sala da casa de Alexandre. Era o momento punk da minha semana, mesmo que o conceito estivesse cansado e conturbado. Ia sentindo a velhice precoce de toda uma população que se enchia de rugas e eu observava ao cruzar as ruas. Aos domingos, usava minha calça Levis, atravessava po corredor da vitória, densamente ocupado pelas mansões imensas e mendigos ocupando densamente cada espaço de cada calçada. Sentia um Bob Dylan, que não falava mais nada, mas anda pela carruagem do tempo pedindo explicação. Minha garganta se soltava, imanava a sala com ótimo eco da casa de Alexandre. Ressoava indo dos Stooges ao lírismo punk do Sonic Youth, caia na malha da Tropicália e pedia ajuda na poesia inventada. Minha voz ao longo dos anos foi perdendo textura e força e sentia ao ir falar com alguém um enorme cansaço. Queria pensar em alguma coisa definitiva e esquecer o espaço após somente com ternura e serenidade. Queria esquecer os olhares para os lados. Olhar o alvo me deixaria, raizes por raizes dos meus pés, mas também desejava voar, passar sem ficar ficando. Olhar os km passando pelo retrovisor do Jeep. Minha coluna rugia. Erguia. Uma guia das minhas convicções. acabara de descobrir que tinha uma gama de opiniões minhas ao meu próprio conceito que se defina como as pontas de um incenso. Fio por fio de opiniões minhas que se desfaziam. Queria abandonar ela por elas. Sabia que não atrapalharia mais. Mas precisava unicamente esquece-las. Estava lucidamente bem ao lado do meu cinzeiro. Estava, eu, nubladamente bonito e eterno. Exagerado e convicto de que tudo poderia mutar de mutações e se auto-destruir em segundos como as estações. Estava com receio de me expressar de forma que pudesse se expressar rápida e imatura. Não tinha muito mais interesse em qualquer coisa que fosse que, mesmo assim, quase pudesse anular de uma hora para outra a existência e realidade própria alheia. Estava simpaticamente adestrado ás situações educadamente lascerantes do dia-dia. Tudo era lindamente bonito e corroível no plano dos homens dos senso-comuns. Era tudo que eu meus olhos iam observando mareados. A alma cinza que balançava ao sabor dos ventos e tempestades. Os negócios fracassados que rondavem as almas coerentes e concretas. Rondava a min também, me perseguia ao meu quarto á noite. Me sentia um Bob Dylan desolado em alguma Farm'Hell do interior americano. Me sentia um George Orwell. Liderando a revolução dos bichos invisíveis. Os empregados e funcionários públicos. Estava dia após dia andando mais rápido. Um veloz reticente. Meus passos realmente funcionavam. Eles tinham vida para me explicar quase tudo que ainda não tinha entendido. Os joelhos flexionadores que me dariam toda a graça do mundo na roda viva. Não tinha mais os que falar para o mundo. Apenas existia eletricamente na minha caixa craniana. E ia ressurgindo nitidamente na sobrecarga diária do ritmo das coisas planejadas. Universos desviados pela poeira despercebida.

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