domingo, 31 de maio de 2009


Feliz Domingo!

sábado, 30 de maio de 2009


Onde estão os Ramones? Agora que mais precisamos deles.

Ao longo dos últimos anos sentia que muita pouca gente se comunicava de verdade no espaço geográfico das grande metrópolis. Um rancho de abelhas enfunadas nas suas colméias sentimentais. Nos seus celulares. Nos cubículos das suas próprias essências e existências. Ao longo dos meus 8 últimos anos, período em que gastei quase totalidade deles na minha promissa esquecida de me tornar médico em alguma eternidade minuscula do meu organismo jurada em algum dia de toda carga da minha essencia. Sentia mais e mais os diálogos pobres ao longo dos dias, uma ameaça a minha força que prosperava enquanto adolscente que tudo poderia se expandir e contraria a ordem dos mais adultos. nunca acreditei em adultos. Estava cansado nestes últimos anos. Tinha feito coisas desafiadoras dentro do meu ambito de repercussão interna. Minha coluna me chamava a existir. Não queria morrer com uma vida comum. Não queria continuar tendo planos ambiociosos novos aos 50. Minha voz e garganta precisando se acalmar. Em parte a tentativa da banda que me levaram 4 anos invisiveis aos outros olhos. Dividia as visitas dos pacientes em enfermaria com s ensaios sagrados na sala da casa de Alexandre. Era o momento punk da minha semana, mesmo que o conceito estivesse cansado e conturbado. Ia sentindo a velhice precoce de toda uma população que se enchia de rugas e eu observava ao cruzar as ruas. Aos domingos, usava minha calça Levis, atravessava po corredor da vitória, densamente ocupado pelas mansões imensas e mendigos ocupando densamente cada espaço de cada calçada. Sentia um Bob Dylan, que não falava mais nada, mas anda pela carruagem do tempo pedindo explicação. Minha garganta se soltava, imanava a sala com ótimo eco da casa de Alexandre. Ressoava indo dos Stooges ao lírismo punk do Sonic Youth, caia na malha da Tropicália e pedia ajuda na poesia inventada. Minha voz ao longo dos anos foi perdendo textura e força e sentia ao ir falar com alguém um enorme cansaço. Queria pensar em alguma coisa definitiva e esquecer o espaço após somente com ternura e serenidade. Queria esquecer os olhares para os lados. Olhar o alvo me deixaria, raizes por raizes dos meus pés, mas também desejava voar, passar sem ficar ficando. Olhar os km passando pelo retrovisor do Jeep. Minha coluna rugia. Erguia. Uma guia das minhas convicções. acabara de descobrir que tinha uma gama de opiniões minhas ao meu próprio conceito que se defina como as pontas de um incenso. Fio por fio de opiniões minhas que se desfaziam. Queria abandonar ela por elas. Sabia que não atrapalharia mais. Mas precisava unicamente esquece-las. Estava lucidamente bem ao lado do meu cinzeiro. Estava, eu, nubladamente bonito e eterno. Exagerado e convicto de que tudo poderia mutar de mutações e se auto-destruir em segundos como as estações. Estava com receio de me expressar de forma que pudesse se expressar rápida e imatura. Não tinha muito mais interesse em qualquer coisa que fosse que, mesmo assim, quase pudesse anular de uma hora para outra a existência e realidade própria alheia. Estava simpaticamente adestrado ás situações educadamente lascerantes do dia-dia. Tudo era lindamente bonito e corroível no plano dos homens dos senso-comuns. Era tudo que eu meus olhos iam observando mareados. A alma cinza que balançava ao sabor dos ventos e tempestades. Os negócios fracassados que rondavem as almas coerentes e concretas. Rondava a min também, me perseguia ao meu quarto á noite. Me sentia um Bob Dylan desolado em alguma Farm'Hell do interior americano. Me sentia um George Orwell. Liderando a revolução dos bichos invisíveis. Os empregados e funcionários públicos. Estava dia após dia andando mais rápido. Um veloz reticente. Meus passos realmente funcionavam. Eles tinham vida para me explicar quase tudo que ainda não tinha entendido. Os joelhos flexionadores que me dariam toda a graça do mundo na roda viva. Não tinha mais os que falar para o mundo. Apenas existia eletricamente na minha caixa craniana. E ia ressurgindo nitidamente na sobrecarga diária do ritmo das coisas planejadas. Universos desviados pela poeira despercebida.

quarta-feira, 27 de maio de 2009


"Na frente do cortejo
O meu beijo
Muito forte como o aço
Meu abraço
São poços de petróleo
A luz negra dos seus olhos
Lágrimas negras cai, sai
Dói por entre flores e estrelas
Você usa uma delas como brinco
Pendurada na orelha
É o astronauta da saudade
Com boca toda vermelha
Lágrimas negras cai, sai
Dói São como pedras de moinho
Que moem, roem, moem
E você baby vai, vem, vaiE você baby vem, vai, vem
Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Lágrimas negras caem, saem, doem"
"Gal Costa - Lágrimas Negras"
"O teu choro é bem forte é do bem,ele é alto demais pra falar
Se existe pecado no mundo que tão belo ele se tornará"



Imaginar A Vida (Otto)

domingo, 24 de maio de 2009



Respire fundo! Alto! Inspire profundamente e vá soltando o ar dos seus pulmões tranquilhamente, sem esforço, na menor velocidade de expiração possível. Pronto, estou na Amazônia. E os pensamentos se tornavam passo a passo delirantes. Estar na Amazônia, é a todo momento a sensação de estar numa área que mais representa o país por isto talvez desperta na gente (escrevo pela sensação dos outros) e desenvolva nosso espírito de poder estar fazendo sempre o melhor de si para ajudar um povo bonito mas que ainda não recebeu a total prioridade que merecem. São descedentes de índios perambulando aos milhares como mendigos pelas cidades grandes, como em Mana ós, ou em cidades pequenas sendo ainda submarginalizados. Uma palestina antiga coberta pelo tapete com seus problemas ainda camuflados. Não fiz minha mala com antecedência, preferi arrumar tudo nas últimas 6 horas. Um avião lotado de japoneses. A vista de cima á noite. Uma outra sexta-feira encaixada na minha mente. O calor equatorial. A paranóia existencial em aeroportos com as doenças infecto-contagiosas, nada mais certo. O clima equatorial me contaminando de braços abertos. Uma existência que me levava para diferentes lugares, cercava meu corpo como transportador do melhor de min. Me enxergava. Me des-reconhecia. Me colocava no mesmo pacote. Meus olhos não visualizava mais estradas. Sentia saudade da literatura beat. E , por um segundo, imaginei como transportaria minha nova vida sem andar de carro em estradas. De cima, uma nova geografia que me esperava, e ia contornando meus pensamentos mais sinuosos. Rios, rios, eu rio. Verde escuro oliva, uma visão pálida que não se suportava á vista comum de todos ao meu redor. Eu via tudo inexplicavelmente divino e sedutor. Por onde quer que andasse naqueles dias. Observava cansativas manifestaçoes da alegria clichê dos turistas obcecados. Me encontrava com o silêncio na tentativa de estabelecer uma sintonia com o novo lugar geográfico. Os cafés extra-fortes servidos não me reestabelecia mais. Tudo era demais desafiador. Eu estava intacto. Eu me lembrava dos mares da Bahia, dos negros. Eu amava a cultura negra. Eu que cultuava o Pelourinho aos sábados mortos em minhas caminhadas solitárias pela cidade. Eu amava que amava a cultura negra, sentia saudade da energia do mares prateado. Eu estava feliz. Estava solitariamente bem. Eu que chorava silenciosamente sem lágrimas uma sucessão de amores, ouvia a poesia de Jards Macalé, uma cornubação de músicas em melancolia que me alegrava de vez ou outra, e me lançava para o distante. Sentia que podia. E o tempo urgia dentro de algum coração. Perto do coração selvagem. Me levava para os seios da selva. Me atravessava mais e mais. Tudo se manifestava em mato. Quase 2 meses de treinamento em exército, dias e noite de deserto. Todas as missões possivelmente impossíveis. Suor e paciência. Marchas que fazia-me sentir o mais velho dentre os mais jovens. Uma junção que agora unia o novo e antigo, reunidos como solda. Ligas prontas para o futuro sem ferrugem. Devidamente preparadas e ajustadas. O dia corria, experto, elétrico, tolos. Ainda sofria pela péssima saudosa companhia de Henry Miller em minha vida, pensamentos plenamentes programados para as minhas mais promissoras futuras contradições. Tinha raiva do ser humano, mas era inevitavelmente dentre todos outra vez um adolescente da pior espécie. Todo um conjnto de normas seculares que me atingiam pacientemente, me testando. Mas também tinha orgulho do ser humano, via como poderia ele ainda ser íntegro e lutar por um ideal. Me sentia forte como um touro. Me sentia obstinado e tinha que ser. Estava abatido, 4 dias na selva sem comer quase nada em um treinamento de sobrevivência. Estava ligeiramente rápido. Tinho me superado nas barras. Estava confiante com a ingênuidade de um Forrest Gump. Meus músculos urgiam. Um disco do Naná Vasconcelos e eu via meu sangue fluir com a mesma velocidade de novo, de volta, com mais vida. Era uma nova readaptação. Eu estava tímido, mas tinha todos os alvos na minha mente. Todo meu desejo de evolução. Aquietar a mente. Limpar meu corpo. Eu ia ....



Hoje foi o dia em que mais falei palavras bonitas nos últimos tempos. Tive raciocínios luminosos. Sintetizei frases com a maior quantidade de rapidez. Hoje foi um dia naturalmente forte. Solidamente paciente.

"Rock para min sempre esteve relazionado com energia, das brabas"


Denis wilson

"Na paixão a gente se esquece

Tu se esquece

Eu me esqueco

Nós sumimos.

Nós nos esqueçáis!"


Denis Wilson

quarta-feira, 20 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009



Mistaken for Strangers

The National

Composição: Indisponível

Tom: Am


Am Bb C

You have to do it running but you'll do everything that they ask you to

Am

cause you don’t mind seeing yourself in a picture

Bb C

as long as you look faraway, as long as you look removed

Am Bb Cs

howered and blue-blazered, fill yourself with quarters

Am Bb Cs

howered and blue-blazered, fill yourself with quarters

Dm F

You get mistaken for strangers by your own friends

Bb F Bb

when you pass them at night under the silvery, silvery Citibank lights

F Am A

arm in arm in arm and eyes and eyes glazing under

Gm F

well you wouldn’t want an angel watching over

Bb F

surprise, surprise they wouldn’t wanna watch

Bb F Am A

another uninnocent, elegant fall into the unmagnificent lives of adults

domingo, 3 de maio de 2009


Talvez amanhã seja tarde
e a calma desapareça naturalmente sem avisar
Se permaneça calada maligna e intacta com sua beleza de plumas coloridas como um cocar de índios
Talvez este rio seja como a vida, um rio que corre e nunca vai secar
Talvez esta água nos leve paa algum lugar
Mas seja o lugar que derrame lágrimas imensas silenciosas da felicidade dos que não aprenderam a decidir
E renuncie aos nossos planos covardes de decisões emergenciais diante da vida
Talvez você pela primeira vez possa me ouvir e aceitar minhas propostas de viver de verdade
Talvez você me aceite como um azeite doce para fazer parte de alguma parte da sua vida
Talvez desta vez tua excentricidade te deixe viver alguma vez agora
E me deixe fazer parte dela depois de 100 anos de solidao invisível em que cheguei até aqui
Talvez voce entenda que nunca poderei calar sua solidão mesmo estando ao seu lado
Talvez eu continue e opte por me manter cinzento para me manter na escolha de viver ao seu lado
E preserve minha luz para um final de sábado alados
Nunca vai terminar, eu tive a resposta ontem no meio da escuridão enquanto cantava e pedi a resposta ao universo enquanto me sentia o guardião do universo grato foi quando tive a resposta como uma luva que sustenta e reanima
Que reacende o previsto que já se sabe do mal
Uma semana escutando Fellini
Uma semana pensando em voce 1 milhao de vezes e dizendo para min serem estas vezes algumas dezenas
A certeza injusta de que estaria curado
Quando faltava pouco para descobrir que não tratava-se de cura
As peles sendo trocadas
Os grãos, nossa cama dura
Tudo precisando morrer para germinar
E eu te esperava desta vez leve e com certeza
Não havia dúvida que havia os 100 anos de solidão que me levava a voce sendo docemente guiado pelo amor
outra vez não existia mais raiva, tudo se reanimava no amor sagrado
E que voce era a única cura quando não se tratava mais de cura
A última esperança da minha alma feliz e saudável, forte e capaz de te proteger de todos os males que pudesse nos atacar desta vez
Já não sabia se tratava de amor, mas de solução para minha mente
Foi quando tocaram nela, assopraram, fizeram de tudo
Eu na minha ânsia de me tornar santo
E os 100 anos de solidão completariam mais um dia, silenciosos pelas manhãs de barro em ruas perdidas distantes, sendo engolidos distantemente obliquos
Desta vez sem pedir ajuda, sem socorro
Eu já não sabia
Era tudo que eu queria
eu sabia que não mais funcionaria com voce ou sem voce
Eram os cem anos de solidao dilacerante que corroia a alma e garganta
Como um verme pernicioso agradavel que vai resumindo tudo em páginas malcriadas de um livro que assopra os outros proximos normais dias secretos por natureza, cegos por estranheza
os passos inexatos, a cadência torta que era guiada pelo pensamento dormente de amor
eu já não sabia se podia te esperars e podia atravessar
Se tinha o direito de pensar
Deitei minha cabeça no travesseiro não sabia mais em que pensar mesmo já tendo pensado em tudo de forma calma e concisa
mesmo com a calma há segundos atrás
já nao se tratava de desespero e por isto o desejo fluia outra vez lúcido, consciente, tomava outra forma
tudo calmamente, sem tormenta, sereno eu te esperava
queria aproveitar todo aquele ínfimo espaço de tempo para pensar em algo novo
como uma criança nova nesta nova descoberta
estava feliz
estava surpreendentemente feliz e solitário
e sabia que o remédio nao seria encontrado em outro alguém
embora desta vez quisesse e fizesse questão da sua companhia
Tinha passado os últimos dias resolvendo todos os problemas e dificuldades do mundo num esgoto escroto da humanidade
uma virulência transmitida diariamente na grande profusão da vida negra sub-humana
os sorriso desgastados, os olhos secos
eu esta orgulhoso de carregar o mundo nas minhas costas
nao tinha nem mais o direito de reclamar, estava me sentindo na obrigação de me manter o mais forte possivel
dei-me provas cabais de que seria digno do seu amor
fazendo da minha vida um filme forrest gump que segue silenciosa pelos dias
das coisas que teria feito para te levar dentro da minha cabeça
das coisas que nao se faz propaganda
pelos 100 anos de solidão
quem sabe tal dia ainda vêm