sexta-feira, 14 de novembro de 2008



Insignificante

Tentando não ser arrastado e encontrado
Tentando manter a lucidez
Pelas correntes dos dias a me render
Mantendo o silêncio como se amola uma faca cega
Talvez eu esteja já insignificante e
Velho demias considerando
Que já perdi a noção e consciência
Do prazer provocado pelos pequenos atos
Sorrir, andar, caminhar.
Talvez eu já tenha me tornado nesta maré de peixes e signos
Um insignificante mortal
Mortal eu bem sei que sou mortal
Os significantes sempre pensam seres ser imortais
Imortais, imorais , falando pela culatra
Mais do que deviam
Sonho em um dia
Meu maior sonho um dia será
O meu próprio vexame
Aguardarei prevenido a vinda dos enxames
Esquecerei definitavemente meu nome
Me renderei sobretudo ao meu sagrado condinome
Revisarei minha mémoria num eterno backup
Quererei toda a própria prova de que esquecerei toda a história.
Inimigo da história
Voltarei a ser Adão numa sexta-feira ao anoitecer
Almodicoarei as antigas secas lágrimas, retificarei as lástimas, retribuirei as almas
Afastarei o mistério etereo de min
Fazendo-o adubo impreterito sincero
Sincero fosso misterio perseguidor
Que nada nada sabe de min
Nem eu dele
Histérico Mistérico Misério
Asilo Mistério Mijo
Ornamental mistério misterico inferno
Ileso ministério das conversões
Mini-stereo das audições particulares
Familiares
Asilo Miss Térico
Insolitos sem-fundamentos
Inveterados Inventos Inventados para eu ressurgir

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