sábado, 19 de abril de 2008



Será que eu escuto este disco aí em cima, da mesma forma que você escuta ? Eu acho que não. Não que esteja defendendo superioridades na forma de apreender o significado de arte. Mas com o tempo fica claro que a leitura de albuns, episodicos da vida, rupturas, acontecimentos são sempre subjetivos para cada especie humana e a cada gênero da especie. E o Radiohead é um bom exemplo destas linhas de paralelidades fingidas, deste mutismo metafísico que ultrapassa os avant-gardens da civilização e que convivem no consciente coletivo harmonicamente foragidos. Isto se manifesta numa breve sensação de coletividade de espirito vista em alguma apresentação do grupo, mas eles estão defendendo em nós, mais e mais, a particularidade fingida, o significado abrigado e particular que contruimos com afeto e silencio. E o In Rainbows consegue ser o ponto máximo desta parábola, a fórmula de equação de segundo grau, em que cada valor que voce dá ao X, terá um y diferente. Uma personalidade diversa da que voce escolheu que se esconde atrás destas variaveis. Com o tempo vamos descobrindo que as interpretações que escolhemos futuramente se tornarão um saco de gatos e consequentemente seremos reféns destas mesmas analogias passsadas.


Radiohead: Inaugurando os paralelismos rizomaticos, mesmo não sendo uma banda de reggae.

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